
Retiro

COMUNICADO
Dom Bernardo Bonowitz informou sua impossibilidade de pregar em nosso retiro de outubro, devido ao cansaço de sua última viagem a Nigéria; decisão acolhida e homologada pelo Conselho de seu Mosteiro.
Após mais de um mês naquele país, realizando visita canônica aos monges locais e pregando retiro para religiosas contemplativas, e, retornando ao Brasil ainda com intenção de revelar-nos o Amor Divino contido nos escritos de Juliana de Norwich, viu-se – na honestidade de seus 70 anos – sem forças para mais esta missão.
Fica, portanto, cancelado esse tão esperado evento. Manteremos todos informados nas próximas semanas sobre a saúde e ânimo de Dom Bernardo. Pedimos desculpas pelo imprevisto e, sobretudo, oração ao nosso querido Abade. Providenciaremos, entre os dias 12 a 16 de agosto, a devolução dos valores já depositados.
Contando com a compreensão de todos, deixo meu fraternal abraço!
Carlos Ferraz
Presidente da Associação Thomas Merton Brasil
mensagem do pregador
Na noite de 8 de maio de 1373, em resposta ao seu ardente pedido de crescer em compaixão por Cristo crucificado, em contrição, e em amor a Deus, o Senhor concedeu a Juliana de Norwich, então com 30 anos, dezesseis revelações de seu amor divino. Juliana passou os quarenta anos seguintes meditando sobre o significado daquilo que tinha testemunhado – não apenas meditando, mas também lendo e estudando, porque o seu livro manifesta conhecimento íntimo dos Padres da Igreja e da mística medieval, inclusive Guilherme de Saint-Thierry e os demais Padres Cistercienses. A obra de Juliana está cheia de intuições e afirmações surpreendentes: “Jesus é a nossa Mãe”, “Não há ira em Deus”, “O pecado é uma necessidade”, “A criação não passa do tamanho de uma amêndoa e mesmo assim é eternamente segura”, e a mais famosa, “Tudo acabará bem e tudo acabará bem e todas as coisas acabarão bem”. Estas afirmações, ao invés de ser meras expressões de experiências subjetivas, fazem parte de uma teologia sistemática totalmente coerente e de tão grande profundidade que Thomas Merton foi levado a escrever: “Ao lado do Cardeal Newman, Juliana é a maior teóloga da língua inglesa”.
