Poeta e contemplativo, Thomas Merton desenvolve, neste ensaio, em páginas de rara beleza, o tema de como a poesia, no que possui de melhor, é contemplação. Uma poesia é uma contemplação que nos colocam em presença da realidade enraizada em nossa verdade mais intima e interior. E, portanto, em presença do Mistério de Deus.
Blog › 26/02/2018
Quem se exalta…
será humilhado...
“As pessoas que tentam orar e meditar acima do seu próprio nível, que se mostram demasiadamente desejosas de alcançar o que creem ser ‘um elevado grau de oração’, afastam-se da verdade e da realidade. Ao observarem-se a si próprias e ao tentarem convencer-se de seus progressos, tornam-se prisioneiras de si mesmas. Quando então percebem que a graça delas se afasta, permanecem presas em seu próprio vazio, na inutilidade de seus esforços e ficam desamparadas. A acedia substitui o entusiasmo do orgulho e da vaidade espiritual. Um longo tirocínio no caminho da humildade e da compunção, eis o remédio!”
Na parte que se refere especialmente à autentica oração, temos uma reflexão prática e não acadêmica. O autor nos fala das profundezas de sua experiência. Trata antes da própria natureza da oração do que de técnicas. É afastada a dicotomia entre apostolado e liturgia, cultura e simplicidade, “humanismo” e ascetismo.