A viagem que Thomas Merton empreendeu à Ásia começou para valer quando ele decolou do aeroporto de San Francisco na terça-feira, 15 de outubro de 1968. Ele começou a viagem com a empolgação de uma criança, embarcando em uma viagem tão esperada. Partiu com os “pés secos, seus olhos abertos, seu coração em paz e sua alma na alegria de Cristo.”
O início da jornada
“O momento da decolagem foi arrebatador … Saímos do chão. Eu com mantras cristãos e profundo sentido de destino, de estar enfim no meu verdadeiro caminho depois de anos de espera, inquirição e perambular. Que eu não volte sem resolver a grande questão. E sem ter encontrado também mahakaruna, a grande compaixão”
O Diário da Ásia, 3
Merton escreveu para seus amigos antes de sair em sua viagem, para que eles soubessem seu propósito ao viajar para a Ásia. Seus planos eram participar de algumas reuniões, visitar alguns monastérios e aprender algo do monasticismo budista “em primeira mão”. Estava claro para Merton que sua viagem não era política e não estava ligada à guerra no Vietnã. Era 1968, considerado por muitos como “o ano que não acabou”, um momento em que a história estava de ponta a cabeça e gotejando sangue. Ele concluiu sua carta com esse pensamento…
“Nossa real jornada na vida é interior: é uma questão de crescimento, de aprofundamento e de entrega ainda maior à ação criativa do amor e da graça em nossos corações.”
O Diário da Ásia