Vinho do Silêncio
(UFMG, 1969)
(…) Há quem diga que poetas só devem ser traduzidos por poetas. E há quem diga que a poesia é intraduzível. Efetivamente, há uma parte da poesia que é, em geral, intraduzível: a sua música, a melodia que se desprende de suas palavras, melodia que varia de língua para língua, quando a sonoridade de uma palavra não encontra na língua para que é traduzida a mesma música. Mas a outra parte, a que é alma e essência da poesia, o seu pensamento, a sua realidade interior, essa pode ser transposta. E é aqui que vale a excelência de ser o tradutor de um poeta igualmente poeta, contanto que o poeta tradutor se submeta a regra máxima da tradução: o espírito de humildade, isto é, o respeito ao pensamento alheio, a reprodução fiel e autêntica da mensagem que deve transmitir.
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