Todos nós reparamos que neste Natal há uma família morando em nossa capela, perto do tabernáculo. Não sei quanto tempo vão ficar, mas parecem simpáticos e silenciosos. Então não é questão de chamar o segurança. Interessante que todos os outros membros da família ficam olhando para o mais jovem, um menino, muito jovem.
Embora tivesse poucos dias de vida – se tanto – sentia que já era capaz de falar, caso alguém quisesse conversar com ele. Decidi colocar uma pergunta simples. E gostaria de contar a sua resposta.
A minha pergunta foi, “Por que veio aqui?” Ele disse, “Quantas respostas pode conservar em sua memória?” “Bom, pelo menos três. Além de três, talvez não consiga reter.” “Neste caso, lhe darei três.”
Eu vim para ensiná-los como viver. Os seres humanos perderam a arte de viver, não sabem mais como viver. Não sabem o que é importante e o que não o é. Não sabem como se comportar, como agir, como relacionar-se. Não sabem mais que Deus é o centro da vida humana e que o dia a dia gira entorno dele. Não sabem perdoar. Não sabem encontrar felicidade nos muitos lugares onde Deus a colocou. Não sabem aceitar a sua vida como uma bênção. Vim, então, para dar aulas vivenciais. O título do meu programa é, “Quer ser gente?” Tenho ensinamentos para cada gosto: sermões, parábolas, pronunciamentos, discursos. Quem tem ouvidos e ouve aprenderá o que significa viver- com muita paz e contentamento, mesmo se não sem tribulações. É um presente de Natal que estou oferecendo. E quanto mais vocês ouvem e põem em prática minhas palavras, mais sábios se tornarão…e mais bem-aventurados.
“É muita bondade de sua parte, Senhor…?”
“Senhor Cristo. Sim, é. Mas ainda tenho mais duas razões. Eu vim para aliviá-los. Vocês, homens e mulheres, andam muito carregados. Estão com muito pecado nas costas, e a tristeza e dor que o pecado causa. Estão com muito peso por causa dos pecados que outros cometeram contra vocês. Estão com muito peso do medo- do sofrimento, da morte, do juízo, do nada final. Realmente, vocês andam encurvados sob todo este peso. Sinto dor de vocês.”
“É muito gentil, Senhor Cristo.”
“Você pode chamar-me por meu primeiro nome, Jesus. É o nome que meus amigos usam quando falam comigo. Bem, sentir dor em si não é grande coisa. Eu vim para tirar a dor de vocês. Tenho um plano garantido para pôr fim a toda a sua dor. Vai custar-me um pouco, mas já decidi que nada me fará voltar atrás. Se a minha dor pode tirar estas montanhas de peso, então, para mim, vale. Meu pai me prometeu..”
“Aquele senhor mais velho no canto de sua barraca?”
“Não, não ele. Hmm. Ele é e não é o meu pai. Estou falando do meu outro pai, meu grande pai. Foi ele que me prometeu que se eu cumprir o combinado, toda gente pode sair livre deste peso, pode respirar, pode olhar para as estrelas, pode ter uma consciência tranquila e não sentir medo de nada.”
“Quem sabe se nós temos tanto valor que compensa para o senhor levar todo este fardo do qual fala.”
“Desculpe a franqueza, mas isto não é de sua conta. Já estudei, já avaliei, já decidi. Sim, aos meus olhos vocês têm este valor. Engraçado, são vocês que não percebem seu valor. Mas eu percebo.”
“O senhor disse que tinha três razões?”
“Não. Você disse que seu cérebro poderia guardar três razões. Tenho zilhões de razões. Mas eu lhe darei só mais uma. Eu vim para levá-los comigo. Esta capela, mesmo pequena, não é ruim (quando não tem pernilongo), mas a minha casa é outra coisa.”
“Como é?”
“É a alegria perfeita, é a paz completa. É o amor puro e pacífico com todos. É amizade com meu grande pai, amizade comigo também. É a minha vida dentro de sua vida, o meu Espírito iluminando e alegrando o seu espírito. É para sempre. É verdade, bondade, beleza e unidade tudo junto.”
“Parece o próprio céu”.
“Poderia falar assim.”
“Senhor Cristo, posso colocar uma última pergunta?”
“Pode, mas seja breve, porque gente da minha idade normalmente não fica acordado neste horário.”
“Tudo bem. A minha pergunta é: Por que o senhor se dará todo o trabalho para fazer isto para a gente?”
“Por quê? Deixo-lhe esta pergunta como um enigma. Não a esqueça; não a negligencie. Porque se um dia você chegar a descobrir a resposta – descobrir não por leitura ou ouvir dizer mas em seu coração – você entenderá tudo. Se você consegue penetrar o motivo do meu agir, você entrará no meu coração e no seu coração, e conhecerá a felicidade perfeita”
“Quero isto para mim”
“Eu quero isto para você também. Boa noite.”
“Boa noite, Senhor Cristo. Durma com os anjos.”