No ano de 1958, no dia 18 de março, um certo monge recebera autorização de sair do claustro para resolver questões de interesse de seu mosteiro no centro comercial de Louisville (EUA). Chegando numa determinada esquina, enxergou o frenesi daquela multidão e logo uma clarividência surgiu diante de seus olhos, acompanhado de um profundo amor no seu coração: todas aquelas pessoas andavam “brilhando como o sol”.
Transcorridos 57 anos desde a Epifania de Thomas Merton, uma celebração reuniu líderes religiosos na Basílica do Mosteiro de São Bento, em São Paulo, para fazer memória do luminoso acontecimento e para promover a unidade com outras confissões religiosas. A solenidade fez parte do calendário de comemorações do Centenário de Thomas Merton (1915-1968), precursor e grande promotor do diálogo inter-religioso.
A beleza do canto gregoriano e o lirismo na voz da cantora Fortuna emolduraram as mensagens de paz e as preces dos líderes religiosos.
O evento contou com a presença do Rabino Michel Schlesinger, representante do Judaísmo; do Sheikh Jihad Hassan Hammadeh, dirigente da comunidade muçulmana; o Rev. Marcelo Leandro Garcia de Castro, líder da Igreja Presbiteriana Unida; Mãe Liliana Araújo representou as religiões de matriz africana; da Monja Zen Budista Heishin Gandra; e de José Carlos De Lucca, dirigente dos Espíritas Kardecistas.
Representando os Católicos, contamos com a presença do Cônego José Bizon, diretor da Casa da Reconciliação e da Pastoral Inter-religiosa da Arquidiocese de São Paulo, especial colaborador do evento e articulador entre as diversas religiões.
A Sociedade dos Amigos Fraternos de Thomas Merton é grato à hospitalidade dos monges beneditinos de São Paulo, na figura de seu Abade Dom Mathias Tolentino Braga, OSB. Nossos sinceros agradecimentos são estendidos a todos que contribuíram de forma direta ou indireta para a realização do evento e a todos os que nos prestigiaram com sua presença.